sábado, 30 de abril de 2011

kvelertak

kvelertak (2010)

A Noruega foi o berço do mais controverso dos subgêneros do Rock, o Black Metal. Os noruegueses por serem mestres no assunto executam esse estilo das mais diferentes formas possíveis. Com uma levada mais melódica ou mais experimental ou mais brutal ou mais sinfônica.

Kvelertak é uma banda que usa o Black Metal de uma maneira diferenciada. Seguindo os passos de bandas como a Darkthrone o grupo é um dos pouquíssimos a usar o rotulo Black n´Roll. Eles põem o vocal rasgado do Black em melodias com instrumental baseado no Hard Rock, no Punk e as vezes até no Southern Rock. O resultado acaba por lembrar um pouco Deathcore, mas é bem mais criativo. Essa banda tem identidade.

1. Ulvetid 03:30
2. Mjød 02:31
3. Fossegrim 03:33
4. Blodtørst 03:38
5. Offernatt 04:30
6. Sjøhyenar (Havets Herrer) 04:50
7. Sultans of Satan 04:35
8. Nekroskop 05:10
9. Liktorn 05:35
10. Ordsmedar av Rang 04:27
11. Utrydd dei Svake 06:23

Com letras sempre em norueguês. A banda fala sobre mitologia nórdica, uma temática bem batida pelo lado de lá. Destaco as músicas Mjød e Sultans of Satan.

AD - Call My Name



http://www.adstudio.com.br/

Esse clipe que posto agora é da banda AD. Um grupo de música eletrônica nacional que canta em inglês e usa efeitos de música do oriente médio. O clipe musical fala sobre viagem astral. Uma forma do espírito sair do corpo enquanto a pessoa dorme. Um conceito muito defendido em algumas crenças. O clipe também mostra espíritos protetores e obsessores. Algo também muito presente no espiritismo.

Infelizmente não encontrei nenhum álbum ou outras músicas para postar. Mas que o trabalho é interessante isso ele é. Principalmente por causa da temática. 

descrição do clipe

Aproveitando a postagem faço também propaganda de outro blog meu o:


http://filmesespiritualistas.blogspot.com/

terça-feira, 26 de abril de 2011

Buckethead

Buckethead - Enter The Chicken (2005)

Buckethead (cujo nome supostamente é Brian Carroll) é um guitarrista e compositor americano. Usando como marcas registradas pessoais uma máscara plástica branca e um balde da KFC na cabeça (daí o nome artístico). Ele é vegan e o balde da KFC na cabeça é uma forma de protesto contra a indústria de carne. Suas músicas abrangem diversos estilos musicais incluindo thrash metal, funk americano e eletrônica, com destaque para o jazz-fusion e o avant-garde, gênero no qual contribuiu muito no desenvolvimento. Com mais de trinta álbuns solos gravados, a maioria do seu trabalho é instrumental. Sendo que nas músicas com vocal ele recebe vários artistas dos mais variados estilos como convidados. Entre eles temos o Serj Tankian do System of a Down e Maura Davis.
01. Intro
02. We Are One (com Serj Tankian)
03. Botnus (com Efrem Schulz)
04. Three Fingers (com Saul Williams)
05. Running from the Light (com Gigi e Maura Davis)
06. Coma (com Azam Ali e Serj Tankian)
07. Waiting Here (com Shana Halligan e Serj Tankian)
08. Interlude (performance de Donald Conviser)
09. Funbus (com Dirk Rogers e Keith Aazami)
10. The Hand (com Maximum Bob e Ani Maldjian)
11. Nottingham Lace

Devido a grande variedade de artistas convidados o álbum Enter the Chicken tem músicas bem diferentes uma das outras. Aqui há um pouco de tudo. De vocal atmosférico ao melódico e ao extremo. Algumas músicas merecem destaque pelo seu jeito esquisito como a Funbus. Outra canção que merece destaque é a Coma, graças a Azam Ali a faixa ganhou uma atmosféra Ethereal bem interessante. Qualquer faixa com Serj Tankian vale a pena ser ouvida. Não por coincidência ele é o artista convidado mais presente.

domingo, 24 de abril de 2011

É Metal, mas não é música!!

Além da música pesada, outra forma de arte que me chama muito a atenção são as animações digitais. Já praticamente alcançado a perfeição, as animações mais recentes brincam pra ver quem consegue ser mais rica em detalhes. E pensar que no início dos anos 1990 (a menos de 20 anos atrás) as animações mais modernas só possuiam formas geométricas rigidas, eram parcialmente 3D e possuiam um movimento não natural.

Esse curta-metragem chamado Parallel Lines - The Gift foi criado pelo artista Carl Erik Rinsch. Infelizmente ele não é américano. Ou seja, o idioma do filme não está em inglês. Porém só pelo visual o filme já vale a pena. Até porque são só cinco minutos. veja aqui versão HD.

Outro vídeo bem interessante é esse comercial alemão da Sansung que fala de uma maneira bem alegórica sobre a evolução da tecnologia.

Ninjaspy

Pi Nature (2007)


Riffs de guitarra e instrumentos de sopro saídos do Ska, gênero que deu origem ao Reggae. Vocal melódico que lembra Pop Rock. Vocais agressivos e guturais bem ao estilo Hardcore. Apesar de poder soar estranho essa combinação Reggae e Rock não é tão incomum assim. Aqui mesmo no Brasil há bandas com boa repercursão que misturam esses dois universos. Como as extintas O Rappa e Planet Hemp. A banda pioneira em misturar Rock pesado com uma pegada mais reggae foi a americana Dub War. Depois dela vários grupos surgiram imitando essa proposta. A canadense NinjaSpy é mais uma delas.

01-Defacating on what's Left of Our Child
02-Sub-Arctic Trickery
03-Hit by a Cement Mixer
04-Love Poem II
05-Out of Tampons
06-SOS from the SOS
07-Pure Sketch
08-Circle Pity
09-HateD
10-Evolution of the Skid
11-Submission
12-Dot.Calm.Down

As faixas que mais gostei foram as Evolution of the Skid (mostrada acima) e a Submission. Essas duas são as que mais deixam evidente as misturas sonoras proporcionadas pela banda. Um som criativo e diferente. Não muito complexo. Som bem grudento e viciante.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Spi-Ritual

Pulse (2005).

New Age é um estilo musical que acompanha a filosofia esotérica Nova Era. Um tipo de música introspectiva e relaxante. Tem como meta criar uma aura espiritualista e de comunhão com a natureza.

Death Metal é uma forma extrema de se tocar Heavy Metal. O instrumental pesado e os vocais guturais criam um som cheio de energia. Uma verdadeira "violência sonora".

Que tal uma banda que una esses dois universos tão antagônicos?

Spi-ritual é uma banda alemã que mistura o Metal ao New Age fazendo com que fossem rotulados de Ethnic Metal e Folk Metal. É mais um projeto do músico Stefan Hertrich que é conhecido por fazer projetos assim, que unem o Rock ao universo musical do Oriente Médio.
01. This Battles Is Yours 5:45
02. Symphony of Life 7:39
03. Nahash 5:51
04. Pulse 8:35
05. Save and Heal 4:39
06. Nowhereness 2:36

Apesar da temática ser toda esotérica e de haver passagens mais calmas, a fusão gerada pela banda dá como resultado um grupo de Metal com toques de New Age. Duvido muito que vá agradar ao fã de música relaxante. O som é intenso, apesar de ser cheio de contrastes. Partes mais calmas que são cortadas bruscamente por vocais e instrumental mais violento. No fim das contas a Spi-ritual tem músicas bem interessantes, mas que agradarão mais ao fã headbanger.

Destaco as músicas Nahash e Pulse.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Giant Squid

Metridium Fields (2006).

É interessante notar em grupos experimentais que qualquer coisa pode ser transformada em nome de banda. O que leva um grupo a ser chamado de "Lula Gigante"? Ok, tudo bem, a temática fala muito sobre lendas e coisas ligadas ao mar. Mesmo assim ainda é um nome exótico.
O som da Giant Squid se enquadra no rótulo Post-Metal. Rótulo esse reservado a grupos que dão mais enfase ao instrumental que ao vocal, possuem uma aura atmosférica e uma guitarra super distorcida. Porém, esse grupo consegue se diferenciar das outras bandas do gênero. Saindo do lugar comum. Vale destacar as músicas Versus the Siren (que, tirando a parte final, é mais Jazz do que qualquer outra coisa) e a Revolution in the Water (que ao contrário da anterior é bem agitada).

O grupo tem uma levada progressiva. Além das músicas compridas a uma variação de ritmo constante. Parecendo que há duas ou três músicas diferentes dentro de uma só. Pra completar ainda há passagens lentas e pesadas que lembram uma banda de Doom. Nesse quesito destaco a Ampullae Of Lorenzini.
1. Megaptera in the Delta 00:50
2. Neonate 06:39
3. Versus the Siren 09:23
4. Ampullae of Lorenzini 09:16
5. Summit 06:39
6. Eating Machine 00:55
7. Revolution in the Water 05:33
8. Metridium Field 21:09

domingo, 17 de abril de 2011

Septic Flesh

Communion (2008).
The Great Mass (2011).

A banda grega Septic Flesh consegue levar o Melodic Death Metal pra bem longe do lugar comum das bandas do gênero. Eles não ficam só restritos na fórmula de contrastar vocal melódico com guturais. Além disso eles colocam elementos sinfônicos e passagens mais atmosféricas. Fato que rendeu a eles o rótulo Atmospheric Metal. O grupo ainda flerta com o Doom e o Gothic Metal. A temática que envolve coisas sobrenaturais, mitologia e literatura de horror como H.P. Lovecraft contribui muito pra isso. Um grupo que merece destaque. Obrigatório pra qualquer um que aprecie um excelente Metal extremo.

O responsável pelo grupo é o músico grego Christos Antoniou. Formado em música de concerto na London College of Music. Além dessa banda ele participa de um grupo de música clássica chamado Chaostar. A influência sinfônica do artista está bem presente no álbum Communion. Para esse projeto ele convidou uma orquestra. A Orquestra Filarmônica de Praga. Que deu um tom bem épico ao trabalho. Já o The Great Mass, álbum mais recente do grupo, é mais pesado. Não deixando nada a dever ao anterior. Vale destaque as músicas Sunlight/Moonlight, e a The Vampire From Nazareth. Essa última inclusive tem até um single.
01 "Lovecraft's Death" – 4:08
02 "Anubis" – 4:17
03 "Communion" – 3:25
04 "Babel's Gate" – 2:57
05 "We, The Gods" – 3:49
06 "Sunlight/Moonlight" – 4:08
07 "Persepolis" – 6:08
08 "Sangreal" – 5:16
09 "Narcissus" – 3:59

01. The Vampire From Nazareth - 4:08
02. A Great Mass of Death - 4:46
03. Pyramid God - 5:13
04. Five-Pointed Star - 4:33
05. Oceans of Grey - 5:11
06. The Undead Keep Dreaming - 4:29
07. Rising - 3:16
08. Apocalypse - 3:55
09. Mad Architect - 3:36
10. Therianthropy - 4:28

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Maudlin of the Well

Part the Second (2009)

Você, como fã, o que faria por sua banda?
Os fãs da Maudlin of the Well pagaram todos os custos da produção dos álbuns. 87 fãs ao todo. Por causa disso o grupo não têm a necessidade de fazer um som popular pra vender. As músicas aqui são bem complexas e não comerciais.

Todos os seus trabalhos são disponibilizados gratuitamente pra download.

A depender do álbum há a presença de Metal extremo, indie rock, jazz, clássica... Por causa disso o grupo é rotulado como uma banda de Avant-Garde Metal. Porém, no Part the Sencond, o último álbum do grupo, o lado Metal da banda é deixado de lado para explorar mais o lado Rock Progressivo. Aqui não há guturais nem riffs de guitarra pesados.

1 - Excerpt From 6,000,000,000,000 Miles Before The First, Or, The Revisitation Of The Blue Ghost (10:55)
2 - Another Excerpt: Keep Light Near You, Even When Dying (5:59)
3 - Rose Quartz Turning To Glass (7:30)
4 - Clover Garland Island (8:18)
5 - Laboratories Of The Invisible World (Rollerskating The Cosmic Palmistric Postborder) (11:50)

Além dos nomes esquisitos o que mais chama a atenção do álbum são as músicas compridas e pouco ortodoxas. Todas as músicas parecem ser uma mistura entre música clássica, Jazz e Rock progressivo. No entanto aqui a parte música clássica é mais presente. Explorando muito o uso de solos de violino e teclado. O instrumental recebe mais enfoque. Sendo bem poucas as partes em que os vocais aparecem.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Blackmore´s Night

Secret Voyage (2008).

Sabe aquelas lojas de produtos exotéricos? Essa banda me faz lembrar bem o clima desses lugares. A temática que fala de coisas mágicas como bolas de cristal e o som cheio de instrumentos musicais da era medieval casam bem com o ambiente. Não é de se estranhar o fato dos seus álbuns serem facilmente encontrados nesses lugares.
O nome da banda é bem interessante, é um trocadilho. Tem origem nos nomes dos fundadores do grupo. O casal Ritchie Blackmore (violão e guitarra) e Candice Night (multi-instrumentista, vocal e letrista) que, além de serem parceiros de banda, são casados. Richie Blackmore, além de seu trabalho nesse grupo, é famoso por ter participado das bandas The Outlaws, Deep Purple e Rainbow.

Blackmore´s Night é um grupo rotulado de Rock progressivo e Folk Rock. O préfixo Folk é utilizado pra qualquer gênero musical que usa elementos de música de raíz. No caso do Blackmore´s Night são instrumentos da cultura europeia. O grupo é recomendado pra quem gosta de solos de violão, sons de flauta... Um Rock bem leve. Em alguns poucos lugares o grupo é descrito como uma banda de Neo-Medieval. Rótulo esse usado para grupos que misturam estilos musicais modernos com instrumentos oriundos da idade média.
01. "God Save the Keg" (Música tradicional) – 3:40
02. "Locked Within the Crystal Ball" (Música tradicional, século XIV) – 8:04
03. "Gilded Cage" (Música tradicional) – 3:42
04. "Toast to Tomorrow" (Música tradicional russa "Виновата ли я...") – 3:49
05. "Prince Waldeck's Galliard" – 2:13
06. "Rainbow Eyes" (cover do Rainbow) – 6:01
07. "The Circle" – 4:48
08. "Sister Gypsy" – 3:21
09 . "Can't Help Falling in Love" (Cover de Elvis Presley) – 2:51
10. "Peasant's Promise" (Música tradicional) – 5:33
11. "Far Far Away" – 3:54
12. "Empty Words" (Música tradicional) – 2:40

Algo interessante do álbum é a grande quantidade de releituras de várias músicas regionais. A primeira música do álbum confesso não gostei muito. Uma faixa instrumental meio enjoativa. A partir da segunda música é que as coisa engrena. A Locked Within the Crystal Ball na minha opinião é a melhor música do álbum. Dona de um ritmo alegre bem contagiante. Legal também são os covers do Rainbow e do Elvis Presley. O resultado final ficou tão diferente que eu nunca poderia imaginar que se tratavam de covers desses artistas. Só soube disso graças ao Wikipedia.

domingo, 10 de abril de 2011

Orphaned Land

The Never Ending Way of ORWarriOR(2010)

Israel é um país famoso pela sua história de conflitos religiosos sangrentos. Conflitos esses que acabaram por inspirar a arte local. Um exemplo disso é a banda Orphaned Land. A banda israelense de Rock mais famosa mundialmente. Eles são considerados polêmicos no seu país de origem. Não só por se tratar de uma banda de Rock em um local com tanto fervor religioso. Mas principalmente por representar as três religiões "rivais" (islamismo, cristianismo e judaísmos) unidas. Infelizmente se você ler os comentários feitos pelos usuários nos vídeos da banda no Youtube o que mais se encontra são religiosos trocando alfinetadas.

Orphaned Land é daquelas bandas que tem vários rótulos. Devido a influência de música do oriente médio eles são conhecidos pelos rótulos de Ethnic Metal, Folk Metal e Oriental Metal. Suas músicas com fórmulas pouco ortodoxas renderam a eles a alcunha de Prog Metal. De modo geral o som do grupo é bem melódico. Apesar do uso de guturais ocasionais, levando-se em conta que é uma banda de Metal, o som nunca soa pesado demais.
Part I: Godfrey's Cordial – An ORphan's Life

01. "Sapari" – 4:04
02. "From Broken Vessels" – 7:36
03. "Bereft in the Abyss" – 2:45
04. "The Path (Part 1) – Treading Through Darkness" – 7:27
05. "The Path (Part 2) – The Pilgrimage to Or Shalem" – 7:45
06. "Olat Ha'tamid" – 2:38

Part II: Lips Acquire Stains – The WarriOR Awakens

07. "The Warrior" – 7:11
08. "His Leaf Shall Not Wither" – 2:31
09. "Disciples of the Sacred Oath II" – 8:31
10. "New Jerusalem" – 6:59
11. "Vayehi Or" – 2:40
12. "M i ?" – 3:27

Part III: Barakah – Enlightening the Cimmerian

13. "Barakah" – 4:13
14. "Codeword: Uprising" – 5:25
15. "In Thy Never Ending Way (Epilogue)" – 5:09

O álbum abre com a comercial Sapari (clipe abaixo). Ela funciona pra mostrar qual é a proposta da banda. Som fácil de ouvir, um Rock simples, com muita influência árabe. A partir da segunda música é que o Orphaned Land mostra seu lado progressivo. Além da longa duração, a From Broken Vessels consegue soar como uma balada apesar de usar guturais. O álbum é bem variado. Passagens de violão, passagens de música árabe, vocais guturais contrastando com melódicos... É uma festa. Recomendado também pra aqueles que estão mais inteirados com a bíblia. O álbum é conceitual. Conta uma história com várias referências religiosas.



Como já dito anteriormente a intenção da artes promocionais do grupo é retratar as três religiões unidas.
Preste atenção nas mãos do vocalista na foto. Essa posição de dois dedos da mão direita apontando pra cima e dois dedos da esquerda apontando pra baixo representa a ligação do Céu com a Terra. A imagem tenta mostrar que as três religiões fazem isso. Mais detalhes aqui.
Judeus, muçulmanos e cristãos juntos. Utópico?

sábado, 9 de abril de 2011

Mew

And the Glass Handed Kites(2005)

Se você procurar em sites uma descrição para Indie Rock na maioria deles vai encontrar apenas a explicação de que o nome é apenas uma abreviatura pra Rock independente, que não é lançado por grandes gravadoras. Porém, se você ouvir muitas bandas com esse rótulo vai acabar notando que elas tem características em comum.

A dinamarquesa Mew é uma banda tipica do Indie Rock. Um som cheio de teclados e sintetizadores que dão forma a um som bem atmosférico. Apesar de ter partes com solos de guitarra o som é leve. Fazendo muito uso de vocais abstratos. Falando em vocal, a voz do vocalista é um dos grandes atrativos da banda. Um vocal diferente. Bem agudo. Tendendo ao falcete as vezes.

Dentre os rótulos atribuidos a banda estão Rock Alternativo, Indie Rock, Shoegazing e Dream Pop. A aura atmosférica da banda rendeu as classificações de Indie Rock, Dream Pop e Shoegazing. Se bem que pra mim a banda é agitada demais pra ser Shoegazing, mas tudo bem. Já Rock Alternativo é um rótulo genérico que abrange todas as bandas que fogem do lugar comum das bandas de Rock mais tradicionais.
01. "Circuitry of the Wolf" – 2:45
02. "Chinaberry Tree" – 3:33
03. "Why Are You Looking Grave?" – 3:50 (com vocal de J Mascis do Dinossaur Jr)
04. "Fox Cub" – 1:15
05. "Apocalypso" – 4:46
06. "Special" – 3:12
07. "The Zookeeper's Boy" – 4:43
08. "A Dark Design" – 3:29
09. "Saviours of Jazz Ballet (Fear Me, December)" – 3:18
10. "An Envoy to the Open Fields" – 3:40 (com vocal de J Mascis do Dinossaur Jr)
11. "Small Ambulance" – 1:05
12. "The Seething Rain Weeps for You (Uda Pruda)" – 4:18
13. "White Lips Kissed" – 6:45
14. "Louise Louisa" – 7:20

De todo o álbum a faixa que mais gostei foi a Special, uma baladinha romântica bem gostosa de ouvir. Apocalypso é outra faixa interessante. Também romântica, mas aqui há uma maior pegada rock n´ roll. Destaco também as músicas com a participação de J Mascis e sua voz arrastada. Que deu um toque especial.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Abney Park

Death of Tragedy (2005).
Lost Horizons (2008).

Tem algumas bandas cujo som é tão diferente que fica difícil determinar qual o rótulo em que ela se enquadraria melhor. Quando isso ocorre geralmente se formam novos rótulos. Abney Park, por exemplo, é a primeira banda a se enquadrar em um rótulo chamado Steampunk Music.
Esse nome Steampunk tem mais a ver com a temática da banda do que com a sonoridade. Esse nome vem de um tipo de gênero de fantasia que mistura ficção cientifica com o passado, geralmente da era vitoriana. Histórias como a do filme Wild West e o anime Full Metal Alchemist são alguns exemplos. O grupo Abney Park adotou esse nome como gênero musical, pois suas letras contam histórias de fantasia bem ao estilo Steampunk.
Pra entrar no clima de fantasia, além das roupas exóticas, os instrumentos usados pelos artistas são personalizados. Voltando a falar da música, o Abney Park utiliza como base o Gothic Rock. Porém, o grupo coloca elementos de música industrial, música sinfônica, música celta e música do Oriente Médio.
01. "Stigmata Martyr"
02. "The Wrong Side"
03. "Dear Ophelia"
04. "Witch Cult"
05. "Sacrilege"
06. "All The Myths Are True"
07. "Death Of The Hero"
08. "Love"
09. "Downtrodden"
10. "False Prophecy"

Algumas músicas do álbum Death of Tragedy têm tanta influência étnica que as vezes a banda nem soa como se fosse de Rock, mas sim de New Age. É o caso das músicas Stigmata Martyr e Witch Cult. Músicas como a The Wrong Side devido ao uso extensivo dos sintetizadores lembram Synthpop. já a Love destaca bem o uso dos violinos.
O álbum consegue ser bem variado sem que suas músicas soem completamente diferentes uma das outras. Muito disso tem a ver com as vozes dos vocalistas que são bem diferentes. Um masculino e um feminino que ficam se alternando. 
01. "Airship Pirates"
02. "The Emperor’s Wives"
03. "Sleep Isabella"
04. "She"
05. "The Secret Life of Doctor Calgori"
06. "This Dark and Twisty Road"
07. "Herr Drosselmeyer's Doll"
08. "Virus"
09. "I Am Stretched on Your Grave"
10. "Post-Apocalypse Punk"
11. "The Ballad of Captain Robert" (hidden track)

O álbum Lost Horizons continua com as fórmulas dos trabalhos anteriores. A influência de Industrial se vê logo nas duas primeiras faixas e em músicas como The Secret Life of Doctor Calgori. Influência étnica também se faz presente, mas em menor escala. Destacando-se nesse quesito a Sleep Isabella. Músicas como a She soam mais parecidas com o de uma banda de Gothic Rock tradicional, apesar de também usar alguns efeitos. Destaco também a This Dark and Twisty Road que tem como instrumento principal o violão.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Stolen Babies

There Be Squabbles Ahead (2006).

Há um gênero musical pouquissimo conhecido por aqui que se chama Dark Cabaret. Mais popular na Europa e nos EUA, esse estilo é baseado no Rock gótico e no post-punk só que com muita influência sinfônica e de, principalmente, música de circo. A estética visual dos músicos se baseia nos circos Valdeville. Tipo de atração que era famosa na Alemanha durante a época da segunda guerra mundial.
O grupo musical Stolen Babies mistura o Dark Cabaret com o Heavy Metal e o Punk fazendo com que a banda se enquadrasse no rótulo Avant-Garde Metal. As músicas são bastante variadas indo de sons mais leves que lembram o Rock Alternativo até sons mais pesados com direito a gritos estridentes e vocais quase guturais lembrando um pouco o Hardcore. Vale destacar também uma coisa bem interessante desse grupo, a utilização da sanfona aliada ao som pesado.

Pode soar estranho para alguns, mas bandas de Rock que usam sanfona não é uma coisa tão absurda. Principalmente em alguns países da Europa como a Irlanda ou Espanha. Esse instrumento é muito utilizado em grupos de Folk Rock e Folk Metal. Estilos musicais que misturam o Rock com alguma música de raíz.
A capa do álbum já é um espetáculo a parte. Tudo a ver com o clima circense trazido nas músicas.

01. "Spill!" – 3:21
02. "Awful Fall" – 3:44
03. "Filistata" – 3:17
04. "A Year of Judges" – 3:20
05. "So Close" – 4:21
06. "Tablescrap" – 3:54
07. "Swint? or Slude?" – 2:16
08. "Mind Your Eyes" – 4:04
09. "Lifeless" – 5:56
10. "Tall Tales" – 3:41
11. "Push Button" – 4:07
12. "Gathering Fingers" – 5:20
13. "The Button Has Been Pushed" – 1:45

Ao contrário da maioria das bandas de Avant-Garde Metal, a Stolen Babies tem músicas curtas, de cinco minutos no máximo. O álbum já começa com a música Spill que mostra o lado mais Hardcore Punk do grupo. Fazendo um contraste enorme com ela temos músicas como a instrumental Swint? or Slude?, a mais Dark Cabaret de todas, e a Tablescrap, que destaca bem a sanfona. Vale destacar também a Push Button que tem o som mais fácil de ouvir, comercial, tendo até vídeo-clipe.
Grupo teatral, como a maioria dos representantes do Dark Cabaret, os integrantes da banda se apresentam vestidos de artistas de circo. Como já dito anteriormente, fazendo referência aos circos Vaudeville. Ao todo a Stolen Babies tem doze integrantes sendo quatro fixos e o restante não aparecendo em todas as músicas.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Becoming the Archetype

Dichotomy (2008)

Interessante notar que alguns artistas gospels de gêneros musicais seculares se prontificam a manter os clichês das temáticas de seus respectivos gêneros. Por exemplo, grupos de rap cristãos mesmo tendo uma abordagem religiosa continuam a falar sobre vida nas ruas. Becoming the Archetype é outro exemplo disso. Usando o clichê do inconformismo e até mesmo das letras mais sinistras do Metal Extremo. Só que pra ser pró-cristianismo e não contra ele. 

Muita gente vê com estranheza, e até mesmo repúdio, a ideia de um som pesado cheio de guturais falando de Deus. Mas gostando ou não o White Metal vem ganhando mais e mais admiradores. Prova disso é o grande número de bandas do gênero que estão fazendo sucesso. Oficina G3, Demon Hunter, As I Lay Dying, P.O.D...
Becoming the Archetype é um grupo americano que executa um Death Metal progressivo. Os guturais e o som pesado são garantidos, mas a brutalidade é "suavizada" com a presença de riffs de guitarra mais melódicos, passagens mais atmosféricas com teclado e até mesmo vocal melódico. Tem até uma música instrumental que é tocada toda no violão. Indo na contramão do que se espera de uma banda de Rock pesado.

01. Mountain of Souls
02. Dichotomy
03. Artificial Immortality
04. Self-Existent
05. St. Anne's Lullaby
06. Ransom
07. Evil Unseen
08. How Great Thou Art
09. Deep Heaven
10. End of the Age

A Mountain of Souls já vale o disco inteiro. Uma introdução com uma aura bem épica. Depois vem o vocal gutural matador. seguido pelo vocal melódico e uma parte instrumental mais suave. Apesar de não ter sido essa a intenção, a música mais engraçada é a End of the Age. Não dá pra ficar sério ao ouvir um gutural super grave dizendo aleluia.

domingo, 3 de abril de 2011

Wormfood

France (2005)

O gênero Avant-Garde Metal, ou Metal experimental, possui uma significativa quantidade de bandas que usam como base o Black Metal. Dando origem ao rótulo Avant-Garde Black Metal. Bandas de AGBM abusam dos guturais rasgados e do instrumental pesado. Aliado a isso há o uso de muitos elementos incomuns que geralmente são oriundos da música clássica, do Jazz ou da eletrônica. Imagine um Black Metal cheio de passagens inusitadas e efeitos estranhos. Porém há quem critique o gênero acusando-o de ter uma "criatividade forçada".
A francesa Wormfood é uma dessas bandas de AGBM. A diferença já começa quando a gente percebe que o inglês não é o único idioma usado aqui, eles também cantam em francês. Fazendo uma alternância entre os dois idiomas. Ouvir o rasgado do Black Metal sendo usado em francês é algo interessante já que 99,9% das bandas de Metal extremo optam pelo inglês.

1. Leçon De Français / French Lesson 02:05
2. Bum Fight 05:34
3. Ecce Homo 00:58
4. TEGBM (Fantaisie Galante Du Grand Siècle) 04:35
5. Daguerréotype 01:00
6. Miroir De Chair 07:21
7. Comptine 00:54
8. Vieux Pédophile 06:03
9. Dark Mummy Cat 04:43
10. Death Equal To Nothing 07:17
11. Love At Last 06:42

Essa não é uma banda AGBM com inspiração sinfônica ou Jazzística. As partes inusitadas se mostram através de alguns efeitos eletrônicos e muitas partes de narração. Há quem os rotule como uma banda de Progressive Extreme Metal. Nome complicado esse que tem a ver com as canções compridas e com muita variação de ritmo. Vocais melódicos não são muito usados, mas estão presentes. Quando raramente aparecem me fazem lembrar no vocal do Rammstein.

sábado, 2 de abril de 2011

Those Poor Bastards

The Plague (2008)

Se você acha o Heavy Metal um gênero underground devia rever seus conceitos.

É, pensando bem, talvez ele seja mesmo. Mas há gêneros musicais que são "underground" do "underground". Como, por exemplo, o Gothic Country.

Há uma ramificação da música Country que optou por afastar seu som do mainstream. Assim surge o Alternative Country (Alt-Country). Ritmo que adciona o experimentalismo a tradicional música de raíz sulista americana. Dentro do Alternative Country há um rótulo ainda mais obscuro, em todos os sentidos, o Gothic Country.
Gothic Country, Southern Gothic, Gothic Americana... Os rótulos são muitos, mas o significado é o mesmo. Coloca-se influência gótica vinda de bandas de post-punk ou até mesmo do Metal em uma base Country. O resultado é diferente e muito interessante. Thoose Poor Bastards, por exemplo, tem um som sombrio sem necessariamente pertencer ao universo Heavy Metal. Apesar do vocalista vez ou outra usar um vocal rasgado que lembra muito bandas de Black Metal. Semelhança essa acentuada tendo em vista a temática das músicas. Histórias de terror, morte, desespero...

01. Sick And Alone
02. Black Lightning
03. Barn Burning
04. A Curse
05. Evil On My Mind
06. I Cannot Escape The Darkness
07. The Plague
08. You Belong To Me
09. Old Pine Box
10. Dead Winter Moon
11. Nightmare Lullaby
O álbum já começa com a ótima Sick And Alone uma canção melancólica e lenta. Nesse mesmo estilo outra música que merece destaque é a I Cannot Escape The Darkness. Mas se você quer ouvir o vocal a lá Black Metal aliado ao Country ouça faixas como a A Curse.
A banda é formada por uma dupla, Lonesome Wyatt (guitarra, vocal) e The Minister (banjo, baixo, etc.). Eles fazem com que o som do Thoose Poor Bastards soe similar ao Country de raíz, por isso algumas músicas me lembraram filmes antigos. Só um detalhe, esse tipo de música era e ainda é usado em muitas igrejas nos EUA. Fato que faz com que o som do grupo se torne até mesmo irônico.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Panzerballett

Hart Genossen Von Abba Bis Zappa (2009)

Muita gente enxerga o Heavy Metal como sendo um som barulhento pra moleque e o Jazz como um som chato pra gente velha. Não é difícil entender, tendo em vista esses estereótipos, o porque da ideia de uma fusão entre esses dois gêneros causar estranheza. Já que parecem ser tão opostos. A alemã Panzerballet, por exemplo, é uma banda experimental que mistura esses dois estilos. Ela não é a única a fazer isso, mas até o momento, das bandas que tenho no meu HD, é a que faz essa mistura de maneira mais equilibrada. Não se tratando apenas de uma banda de Metal com algumas características de Jazz. Resumindo, a Panzerballett não irá agradar nem ao Jazzísta, nem ao Headbanger mais purista. Seu som é mais voltado pros que gostam de coisas bem diferentes.
01 The Simpsons
02 Bird Wild Web
03 Jadoo
04 Mein Teil
05 Gimme, Gimme, Gimme
06 Kulturzeit
07 The Mediterranean Breeze
08 Ein bisschen Frieden
09 Weary Eyes
10 Zappa - Medley From Hell - Part I
  • i. Let's Make The Water Turn Black
  • ii. Harry, You're A Beast
  • iii. The Orange County Lumber Truck 
11 Zappa - Medley From Hell - Part II
  • iv. Oh No
  • v. City Of Tiny Lights
  • vi. Evelyn, A Modified Dog
A grande maioria das canções do álbum são instrumentais. Baterias e guitarras as vezes mais pesadas se contrastam com instrumentos de sopro. Destaque pra engraçadissima versão jazzeada da música tema de Os Simpsons e pros covers das bandas Rammstein (Mein Teil) e Abba (Gimme, Gimme, Gimme ) que, devido a proposta da banda, ficaram muito diferentes das versões originais.
Mas a maior surpresa de todas vai para a música Weary Eyes que fica alternando entre partes 100% Jazz com partes baseadas no Metal extremo. Vocais guturais pesados marcam presença também nesse álbum através dessa música. Música essa que se assemelha a bandas de Mathcore como Meshuggah ou Dillinger Escape Plan.
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